LEMBRANÇAS DA GRAÇA
Voltei.
Passei uns dias em off, mas numa
correria tremenda. Estou trabalhando em um livro que sonho escrever a anos, o
título é: lembranças da Graça.
Serão descrições do que a Graça
de Deus fez em minha vida e na vida de pessoas que tive contato. Gostaria de
compartilhar com vocês o prefácio, que vai passar por acréscimos mais vai ficar
mais ou menos assim:
Da minha infância vem as
lembranças mais antigas que tenho da Graça de Deus. Cresci em um lar
Adventista, e os pregadores da Igreja que eu freqüentava durante a infância
tinham uma forte ênfase no fazer e obedecer para ser aceito.
Mesmo sendo criança eu ja sentia
um fardo e uma responsabilidade de ser diferente para obter algo de Deus, que
até então eu não sabia bem o que era. Por sua vez em casa meu Pai, que apesar
de ser um homem extraordinário, carregava em si fortes marcas de uma criação
inflexível, exigente e punitiva (talvez essas sejam as melhores palavras para
descrever o Deus da minha infância)
Eu o vi
inúmeras vezes ser agressivo, resolver as coisas com a força, punir sem
refletir, e como é de costume a imagem que eu tinha de Deus era um reflexo da
imagem que eu tinha de meu Pai.
Certo dia
meu Pai chegou em casa com a mais nova tecnologia para entretenimento da época,
um vídeo cassete. Com ele meu Pai trouxe várias fitas VHS com uma semana de
oração realizada pelo Pastor Bullón no Ibirapuera – SP. Eu não entendia muita
coisa do que era pregado, na verdade para mim era um programa longo e
enfadonho, mas meu Pai sempre nos fazia assistir.
No entanto,
foi assim que eu tive meu primeiro encontro com a Graça, não através dos
sermões mas ao observar que ao final da mensagem, vez após vez, meu Pai
derramava grossas lágrimas, algumas vezes eu o vi chegar a soluços. Aquilo não entrava
em minha cabeça infantil. Eu pensava: que poder esse homem tem, eu nunca vi meu
Pai chorar, eu não sei bem o que esse pregador fala, mas deve ser muito forte
para ter esse efeito em meu Pai.
Assim eu
fui informalmente apresentado a Graça de Deus. E com o tempo eu comecei a
entender que não era o poder do pregador que emocionava meu Pai, mas o poder do
Deus-homem sobre quem ele pregava. Comecei a ver a mudança na vida do meu Pai,
comecei a acompanhar as lutas que ele tinha para ficar perto de Jesus e vencer
o temperamento forte.
Nesse
processo duas coisas aconteceram, eu deixei de simplesmente ter um Pai a quem
temia e passei a ter um amigo que hoje é um dos meus principais companheiros na
descoberta diária da Graça, as vezes passamos horas compartilhando as
descobertas pessoais da “multiforme Graça de Deus”
Segundo, eu
senti o chamado divino para dedicar minha vida a causa de compartilhar a
verdade sobre o poder que me transforma a cada dia. Eu desejei desde então ser
um instrumento para levar a outras pessoas a mensagem de um Deus de Graça que
na cruz me faz crer na frase: VOCÊ É A COISA MAIS LINDA QUE DEUS TEM NESSA
VIDA.