terça-feira, 26 de julho de 2011

Será que todo Pai acha o filho incrível ?


Será que todo Pai acha o filho incrível ?
Será que todo pai se emociona com os feitos infantis?
Será que todo pai sorri sozinho, lembrando das novas invenções do filho?

Será que todo pai sente o que sinto quando:

Ouvi minha filha dizendo: papai meu cabelo está todo desanimado (Quando na verdade queria dizer desarrumado).
Quando minha filha pede que eu segure a mão dela no berço, para ele dormir.
Quando ela beija minha mão e a coloca debaixo do braço.
Quando ela pergunta: papai Jesus é seu amigo também?
Quando ela ora antes de dormir dizendo: Querido Papai do céu eu estou triste porque papai quer que eu vá dormir. Em nome de Jesus amém
Quando ela diz que vai pegar uma mánica (Em nossa língua é máquina)
Quando ela pede para que eu conte pela centésima vez a história de Golias
Quando ela conta a história de Daniel e diz (em sua versão): O Rei jogou Daniel no buraco dos Leões porque ele não queria orar, mas os Leões protegeram Daniel do Anjo
Quando ela me vê fazendo algo e diz: Papai posso te ajudar?
Quando eu chego em casa com um pirulito de 15 centavos e ela pula de alegria
Quando ela corre e se joga nos meus braços quando eu volto de uma viagem
Quando eu falo com ela ao telefone e ela diz: papai tô com saudade, volta logo!

Será que Deus me acha incrível?
Será que Deus se emociona com meus feitos infantis?
Será que Deus sorri sozinho de minhas invenções de filho?

Será que Deus se emociona comigo como me emociono com minha filha?
Quando:
Eu sinto saudade do céu, um lugar em que nunca estive
Quando eu sinto sua mão me ajudando a atravessar um momento de queda ou dor
Quando eu oro com sinceridade, falando com Ele como um ser real e próximo
Quando eu me emociono com uma história bíblica que eu já conheço a 28 anos
Quando eu sofro ao ver filhos que Ele ama e que não conhecem a grandeza do seu amor

Quando eu me emociono por ver pessoas sendo tocadas pelo amor que Ele transmite através de mim

Quando eu acordo e digo: bom dia querido Pai, toma-me em teus braços e me guia
 Quando eu acredito em suas promessas e as tomo para minha vida
Quando eu dou o melhor das minhas forças pela causa que Ele deu o seu único filho
Quando eu me emociono sozinho ao pensar em quanto amor tenho recebido dEle
Quando eu corro para os seus braços depois de dias distante do Seu amor
Quando eu perco o sono e fico batendo papo com Ele pela madrugada
Quando eu coloco a mão na cabeça de minha filha e digo ela é Tua Senhor
Quando eu digo querido Jesus volta hoje para me buscar
Quando eu confio cegamente em Seu amor e tenho certeza que Ele não vai desistir
de mim apesar de saber quem realmente sou.

Não sou capaz de julgar o que Deus sente
Mas sinto como pai que apesar de meus erros e fracassos.

Deus é feliz por ser meu Pai

Obrigado Senhor pela certeza de que me amas
 Infinitamente mais do que amo minha filha.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

EU SEGUNDO BRENNAN MANNING


O escritor Manning certo dia ouviu Jesus proferindo palavras profundas sobre seu estado de filho de Deus, palavras estas que me tocam profundamente.

“Irmãozinho, talvez a coisa mais difícil para você aceitar neste momento seja o fracasso em fazer de sua vida o que deseja. Esta é a cruz que você menos quis, a cruz que nunca esperou, a cruz que acha mais difícil de carregar. De algum lugar você tirou a ideia de que Eu esperava que sua vida fosse uma história imaculada de sucesso, um espiral ascendente indestrutível para a santidade.

Não percebe que sou realista demais para isso?

Testemunhei um Pedro afirmando três vezes não me conhecer, um Tiago que quis poder em troca do serviço ao reino, um Filipe que, depois de três anos comigo, não sabia que devia ver o Pai em mim e um grupo de discípulos que estavam certos do meu fim no calvário.

O Novo Testamento está cheio de histórias de homens que começaram bem e vacilaram. Entretanto, apareci a Pedro. Tiago não é lembrado por sua ambição, mas pelo auto-sacrifício ao reino. Filipe viu o Pai em mim quando lhe mostrei o caminho. E os discípulos, antes desesperados, tiveram coragem suficiente para me reconhecer no estranho que repartia com eles o pão na escuridão da estrada para Emaús.

A questão é esta: espero mais fracassos seus do que você espera de si mesmo.

O mais urgente agora, irmãozinho, é desejar o Espírito Santo. Clame, deseje fervorosamente e ore pelo Espírito noite e dia em incansável intercessão. Somente o Espírito pode levá-lo adiante e para cima. Somente o Espírito pode torna-lo bom e manter seus olhos fixos em mim.”

 QUE A GRANDEZA DA GRAÇA TE FAÇA VIVER EM VITÓRIA A CADA DIA. 

domingo, 10 de julho de 2011

QUEREMOS VER JESUS

“Alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém para assistir à Páscoa fizeram uma visita a Filipe, e disseram: Queremos ver a Jesus.” João 12:19-20

Essa história me impressiona não pelo evento mas pelo contexto relatado nos versículos 21 a 36. O contexto é o seguinte:

Filipe procurou André que por sua vez foi falar a Jesus o desejo dos gregos. Em seguida Jesus fez um dos discursos mais bonitos e contundentes de seu ministério. Nesse discurso ele disse: “Chegou a hora de voltar a glória do céu”
“Eu vou morrer mas minha morte produzirá muitos frutos”
“Se vocês amarem sua vida aqui em baixo, perderão a vida real”
“Quando Eu for levantado (na cruz), atrairei todos a mim”

E a voz de Deus foi ouvida no céu para abalizar o discurso feito por Cristo, quando Ele disse: “Ó Pai, o Senhor pode glorificar e honrar o Seu nome.” A voz de Deus foi ouvida dizendo: “Eu já fiz isso e o farei outra vez.” Então Jesus disse a multidão: “A voz foi para o bem de vocês e não para o Meu”.

A grande pergunta é: porque o desejo dos gregos de verem a Jesus desencadeou a fala de Cristo sobre sua morte e missão, e ocasionou a segunda vez que a voz de Deus foi ouvida pela multidão no ministério de Cristo (a primeira foi no batismo). Afinal essa não era a primeira vez que alguém desejava uma entrevista com Jesus.

A resposta nos leva a refletir sobre quem eram os gregos e o significava para um grego ir a Jerusalém e dizer : Eu quero ver a Jesus.

Os gregos apesar de terem perdido o império militar para os Romanos, ainda eram os donos do conhecimento filosófico. Eram considerados um povo sábio, completo intelectualmente e com uma crença religiosa “sofisticada” cheia de deuses e seres místicos.

Para um grego deixar sua terra e ir para Jerusalém, ele teria que se “rebaixar” ao reconhecimento de que sua crença era inferior a de um povo dominado pelos romanos, como eram os judeus na ocasião. Praticamente tudo o que os gregos criam estava em contraste absoluto com as crenças bíblicas  de Cristo.

Mas essa não era a única humilhação pela qual eles passariam se fossem a Jerusalém, era proibido que os gregos assistissem as festas religiosas no templo, eles teriam que se contentar em ouvir o que fosse possível no pátio do gentios, que na época servia mais como local de comércio do que de culto.

Todo esse contexto levou a reação do Pai e do Filho.

A questão era: todos querem ver a Jesus, mas a que custo?

Hoje você pode dizer: eu quero ver a Jesus.

E a resposta dEle será: Tudo bem meu filho então acorde de madrugada para que possamos passar mais tempo juntos a cada dia.
Poderá ser também: mude seu estilo de vida (comer, descansar, exercitar, assistir, navegar, etc.). Pois o seu estilo de vida atual está destruindo sua mente, que é o canal de acesso entre Mim o Homem.

E suas respostas (ou atitudes) demonstram que você apenas quer ver a Jesus, mas que essa experiência não tenha nenhum custo.

Os judeus (assim como os adventistas) não tinham que passar por toda uma mudança cultural e religiosa para aceitar a Jesus, e mesmo assim não estavam dispostos a aceitá-lo. Por isso a voz do Pai era, segundo Jesus, mais uma chance do céu para que eles reconhecessem o convite de Deus.

O que impressionou Jesus naquele evento foi a disposição dos gregos, que não tinham nenhuma facilidade ao seu favor, de vê-Lo. E a dureza dos judeus, que tinham tudo ao seu favor, e mesmo assim não estavam dispostos a abrir mão  simplesmente do preconceito, para ter um encontro com Cristo.

Do que você está disposto a abrir mão para ter um verdadeiro encontro com Cristo?

“Muitos entre os líderes judaicos, criam que Ele era o Messias, mas não declaravam isso a ninguém por causa do medo que tinham de serem expulsos da sinagoga (o lugar em que os gregos nem poderiam entrar). Pois eles gostavam mais do louvor dos homens do que do louvor de Deus” João 12: 42-43. Parênteses acrescentado.

Todos querem ver a Jesus.

A única questão é: “Com que intensidade?” 


O PRIMO DE DARWIN


Fracis Galton era o mais novo de nove filhos de um próspero banqueiro, nasceu em uma família socialmente abastada. Aos dezesseis anos, começou a aprender medicina, mas interessou-se pela matemática, formando-se nesta.  Galton tinha um intelecto prolífero (um QI estimado de 200), e produziu mais de 340 artigos e livros em toda sua vida. Pesquisou a distribuição geográfica da beleza, a moda, as impressões digitais, a eficácia da oração religiosa e o levantamento de peso.
O intuito desse cético Inglês na área da religião era analisar científicamente a oração para provar que essa era ineficaz. Algumas de suas conclusões foram:
1-   Os Anglicanos usavam diariamente um livro de orações que incluia pedidos a Deus por vida longa aos monarcas Britânicos, mas ele comprovou que a oração repetida milhões de vezes por dia pelos crentes Anglicanos não surtia nenhum efeito comprovado pois os membros da realeza tinham uma vida mais curta que outros grupos da sociedade.
2-   O clero vivia menos que outros grupos da sociedade que não tinham compromisso com a oração.
3-   Os missionários eram tão vulneráveis quanto outros crisãos a naufrágios, doenças tropicais e violência, a pesar das muitas orações feitas por eles.

O que esse cético esqueceu de estudar foi o princípio da amizade na oração. A ênfase da oração não é pedir e receber mas estar na companhia de Deus. Para o ciêntista a oração era apenas um instrumento para conseguir qualquer coisa de Deus e não uma maneira de se aproximar e firmar uma amizade com Ele. 
Outra criação do primo de Darwin foi o conceito "Eugenia" ( literalmente: “Bem nascido”) que seria a melhoria de uma determinada espécie através da seleção artificial.

Enquanto Darwin pregava a seleção natural das espécie como uma escolha evolucionista para o melhoramento das espécies, seu primo pregava a seleção artificial que consistia em mostrar que a “raça” humana poderia ser melhorada caso fossem evitados “cruzamentos indesejáveis”.
O objetivo de Galton era incentivar o nascimento de indivíduos mais notaveis ou mais aptos na sociedade e desencorajar o nascimento dos inaptos. Propôs o desenvolvimentos de testes de inteligência para selecionar homens e mulheres brilhantes, destinados à reprodução seletiva.
Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.  Em outras palavras, melhoramento genético. O tema é bastante controverso, particularmente após o surgimento da eugenia nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de pureza racial, a qual culminou no holocausto.
Imagino que se Galton tivesse tido uma vida de oração para firmar uma amizade com Cristo, não perderia tanto tempo criando uma teoria que daria frutos tão funestros como foi o holocausto nazista.
“O propósito da oração não é ter a vontade do homem feita nos céus, mas a vontade de Deus feita na terra.” (Bruce Wilkinson)